quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Procura-se...



Procura-se inspiração em qualquer canto
Alguém que a tenha
Alguém que a faça chegar!

Procura-se pessoas do maior encanto
Que tenha ideias
Poesia até no modo de rir

Procura-se palavras
Doces ou amargas
Mas, que pelo amor dos céus, me faça algo sentir!




sexta-feira, 19 de novembro de 2010

....

Os dias passam, as pessoas ganham uns centímetros a mais, começam a ter vida própria.
Mas hoje eu vi, as coisas continuam iguais. Como quando se é adolescente. Andar com amigos, ser do seu jeito e completar um grupo. As coisas permanecem assim, mas sem "verdade ou sacanagem", sem beijos às escondidas.
Tudo continua a mesma coisa. E como mudou tanto?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

À meia luz

Meia noite. Nada para pensar, nada para fazer.
O computador está ligado. O barulho que faz enche todos os cantos da casa. Sozinho. Perdido no escuro. O vento bate na janela, parece querer entrar, como um ladrão invadindo uma casa sem cautela. A tela do computador está em branco. O cursor pisca na tábua branca onde minhas ideias deveriam estar. Não há ideias, não há inspiração.
Quietude, meus sentidos se apuram, querem perceber algo digno de ser escrito. Cada barulho passa a ser ouvido. Pingos das torneiras, passos de cães na cerâmica, latidos, pequenos estalos. O que há lá fora? É noite e estalos ao redor da casa não deve ser boa coisa.
O que há lá fora? Tento voltar, a busca pela inspiração achou o medo.
Sim, os estalos e o arrastar de correntes. Mas não havia correntes!
O que há lá fora?
Me concentro no computador, a curiosidade de saber das coisas fora das quatro paredes que me cercam me leva ao medo. Tento fugir do medo , mas me vejo sozinho.Como se vence sozinho?
Não quero dormir, e se existe mesmo algo lá fora? Se eu dormir não saberei o que vai acontecer.E conseguirei cair no sono por acaso?
O relógio demora, quando é que vai terminar mais uma volta? Tic, tac, tic, tac......está contando o tempo dos estalos? Onde foi que que deixei a corrente de minha cadela?
Não vou lá fora!
Vou me deitar. Vou pensar e, outras coisas até cair no sono. Mas há alguma coisa lá fora? Será que há mais coisas aqui dentro do que lá?
Tic-tac, estalos, janela, correntes.......

Hipocrisia

Acabo de assistir uma matéria sobre alunos de uma escola, que em um concurso, desfilaram de sunga, acompanhados, logicamente, de gritos histéricos de hormônios femininos em ebulição. Uma mãe ficou brava por causa do evento dizendo que a escola serve para ensinar moral e bons costumes aos alunos. Em nota, respondendo sobre o evento na escola, o diretor disse que tem autonomia para desenvolver eventos culturais. O apresentador num tom irônico perguntou se isso era um evento cultural.
Sinceramente eu não sei quem é mais hipócrita nessa história toda. Alguém que espera que moral e bons costumes venham da escola e não ensinado em casa, apenas solidificando-se com os conhecimentos que a escola tem a oferecer. Alguém que diz que isso foi um grandioso evento cultural ou alguém que simplesmente esquece que existe na nossa sociedade o culto do corpo e da beleza, o que faz desses eventos de certa forma culturais. É certo que o lugar é uma escola, mas essa instituição deve ser alheia a tudo que ocorre no mundo? Não se pode passar ideias sobre beleza, sexualidade que se torna uma instituição imoral? Acredito que uma boa revisão de valores deveria ser feita, porque o as histórias se repetem, mas todo mundo gosta de acreditar que está tudo novo e que as pessoas tradicionais sempre foram santas.