quinta-feira, 29 de julho de 2010

Albedo Fênix





Com um sopro cálido de amor enviou-me uma ígnea ave que acalentou meus lábios e atiçou meu coração.

Como brasa fiquei a esperar pelo sopro leve que me faz em chamas.
Mas me abandonaste, por isso as cinzas se alastraram.

Não, ainda que solte lágrimas não estou triste, pois sou fênix, e assim como o sol, voltarei a brilhar no horizonte quando a noite se for.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

(Minhas) Borboletas



"E as borboletas também são minhas!
E meu coração de borboleta também é de todos!
E então somos todos borboletas..."

Belo pequeno inseto, talvez o mais adequado para explicar as pessoas. Por mais que todos achem que nascem prontos, digo-vos....és uma borboleta, talvez uma crisálida e ainda uma lagarta.

O ciclo de sua vida é a mudança.

Não importa que passou a maior parte da vida se entupindo de folhas, fugindo e se escondendo de grandes animais, deixando-se levar pela maioria, envolvendo-se com aquele emaranhado que era ela e também não era.

Tudo muda, basta saber disso, isso encaminha a todas e a cada uma. Por que é simples assim, um dia se resolve, algo vindo de dentro pede que se envolva em seus próprios pensamentos, que se isole da tempestuosa vida lá fora e se prepare.

Que por mais feia que tenha sido, a beleza que existe dentro dela se faz presente. Mas só após o encontro consigo mesma, com a descoberta da beleza em pura essência é que ela se joga ao mundo novamente. Pois daí ela existe, passa a ser quem realmente é, pois se encontrou e transforma-se em tudo aquilo.....Das mais variadas nuances, dos mais leves planares. Ela se descobriu e emergiu da crisálida para ganhar a liberdade.
A liberdade que é encontrar-se.... de ser quem realmente é sem se importar com as folhas, os inimigos e os olhares, que a partir daí, hão de estar prontos para admira-la, encher seus olhos com extravagante beleza.

Porque é isso a vida de uma borboleta. Mudança...

"És uma crisálida.
Venha pequena pupa,
Abra-se e conheça o sol
Ele brilha mais pelos seus olhos"


- Ainda tô com raiva do André (O Parasita), porque ele escreveu sobre as borboletas antes que eu. O texto dele ficou divino, num consegui passar perto. Mas eu tentei e gostei do resultado. -

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Palavras soltas



E então
Com o passar lento dos dias
Com o suspirar das leves brisas
Encontrei você, você e você também...
Não me sinto mais só,
porque ,juntos, carregamos um o coração dos outros
As vezes sinto como se estivessem sincronizados
Em completa sintonia
Um tocando aos outros as palavras de seu íntimo
E todos, ao mesmo tempo, entendendo a música
Apresentando leve sorrisos
Caminhando juntos por onde quer que vá
E ainda que distantes
As mãos ainda sempre unidas
No plano das palavras
Onde o amor se encontra.....

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bored



Por que a paz é assim tão calma?

Dias se passam e continua a mesma coisa, se não igual ao menos semelhante. Será dessa forma ou isso só vale para os meus olhos?

É como se estivesse pairando sobre um lago sem ondulações, um silêncio deslumbrante onde poderia ouvir apenas minhas voz, só que ela não quer falar!

É um marasmo, um mar calmo, um dia sem brisas......parado....
Sei que deveria ser belo, magnânimo, muitos a almejam, mas é estranho.....é adequado demais!

Aqui está assim, um campo verdejante sem brisas, calmo, em silêncio....em paz....
Só imagino que seja aquela que antecede a tempestade.....e espero....que seja de estonteante barulho ainda que seja blasfemo em pedir!!