sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Coisas que se passam

Eu vi
No espelho do outro aquilo que não queria
Eu vi
Na vida dos outros o que procurava
Eu vi
Nos dias passados as coisas perdidas
Eu senti
Perder tudo por ficar apenas vendo
Vendo minha derrota frente a outros
Sentindo medo de perder aquilo que nunca ganhara

Fiquei perdido em pensamentos
Preso em mim mesmo sem que pudesse ver luz
Por acreditar que a luz estava aqui
Mas era apenas o fogo do egoísmo
Luz que esquentava nas horas tristes
Que me ludibriava, formando a mentira que sou
Me fazendo uma mentira da própria mentira
Construção de barro, oco, vazio, mas disfarçado por uma pele
Fraca construção
Cai com o tempo, e me infesta pela verdade
Mata-me que é melhor, ao menos não ficarei decompondo aos poucos.

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